A doença virótica transmitida pela picada de um mosquito conhecida pelo nome de dengue, não pode ser considerada como um mal que seja difícil evitar, como ocorre com a sua amiga protozonose conhecida por malária também transmitida ppor picada de mosquito, mas que é muito difícil de controle por ter ocorrência nas florestas tropicais, exemplo nossso, Amazônia. Controlar focos de reprodução de mosquitos dentro das cidades é questão de higiêne, impedir a reprodução de mosquitos dentro da floresta, é causar desiquilíbio ambiental. Por isso, estamos diante de um impasse que não é técnico mas sim comportamental. O ser humano insiste em trafegar pela contra mão da lógica da vida em comunidade. Se vivemos próximos uns dos outros, temos que aumentar a distância entre os veículos de contaminação por doenças infecciosas. Mas não é isso que se demonstra quando cidades se deixam crescer sem planejamento urbano, principalmente na área de saneamento básico (ESSENCIAL). Qual é portanto a essência da discussão?
sexta-feira, 19 de abril de 2013
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Doenças tropicais migram para Norte
Britânico Paul Hunter apresentou resultados de pesquisa
O aquecimento global está a fazer com que os microorganismos causadores de doenças infecciosas típicas de climas quentes, como a malária, migrem para Norte, chegando até ao mar Báltico, revelou um investigador britânico. "As mudanças climáticas estão a agravar a propagação de doenças típicas de climas quentes", revelou Paul Hunter, responsável pela área de Saúde na Universidade de East Anglia, no Reino Unido, durante a apresentação de uma pesquisa que segue o percurso de organismos causadores de doenças infecciosas na Europa e América do Norte, no âmbito do Festival da Ciência, na cidade britânica de Norwich.
O especialista, citado pela BBC, adverte que não foi feito o suficiente para monitorizar a propagação de doenças devido ao aquecimento da terra, alertando especialmente para os grandes assassinos, como a malária em África. "Há já indicações significativas da ocorrência de doenças que tiveram como destino a Europa em consequência da mudança do clima", disse o investigador na conferência.
Segundo Paul Hunter, pessoas que nadavam no oceano junto à costa da Europa foram infectadas com doenças associadas normalmente a águas mais quentes. Um dos organismos em movimento é o chamado 'vibrio vulnificus', que está a estender-se por vários habitats, podendo causar feridas graves, gastroenterites e septicemias que podem levar, nalguns casos, à morte dos seres humanos, revelou o investigador.
Cresce apenas em águas quentes, tais como as do Golfo do México, mas tem sido relatada agora a sua presença a Norte, no mar Báltico, e terá causado a morte de uma pessoa na Dinamarca. Em Itália, cerca de 100 veraneantes ficaram doentes depois de entrarem em contacto com o organismo 'Ostreopsis ovata', uma alga tóxica que estendeu o seu habitat para águas mais quentes e que pode provocar febres altas, dificuldades respiratórias rinites, diarreia e irritações oculares, contou Hunter.
Febre hermorrágica da Crimeia começou a aparecer
A febre hemorrágica da Crimeia e do Congo, que causa o sangramento da pele, boca e nariz, começou também a aparecer em áreas onde até agora era desconhecida, disse. A migração rápida dos mosquitos também fez com que as doenças como a malária espalhassem, disse.
Hunter referiu que a propagação destes organismos se deve provavelmente a Invernos mais suaves do que a Verões mais quentes e enfatizou que "o fardo da mudança do clima irá cair nos países mais pobres do mundo e nos países tropicais". "Nós temos actualmente pouca informação sobre a saúde e estatísticas infecciosas em muitos destes países", referiu.
"Na Europa estamos a começar a preocupar-nos com aproximadamente três ou quatro casos de doenças raras associadas ao mar Báltico, mas em África falamos de muitos milhões de potenciais casos de malária que ocorrem a mais, em consequência da mudança do clima", acrescentou.
Os investigadores acreditam também na possibilidade de as doenças infecciosas transportadas por seres humanos, tais como tuberculose e sida, se espalharem mais pelo planeta porque as pessoas migram para escapar à seca e outros efeitos da mudança do clima.
"O mundo necessita de adaptar-se", disse na mesma conferência o presidente da Associação Britânica para o Avanço da Ciência, Frances Cairncross, acrescentando que era hora de o mundo começar a pensar em como irá viver com a mudança do clima. "Nós quase certamente não podemos parar a mudança do clima, apenas pode mos retardá-la um pouco, e a longo prazo, a principal coisa que teremos de fazer é adaptarmo-nos", disse Frances Cairncross.
Texto retirado de CIÊNCIA HOJE ONLINE
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=4113&op=all
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